22 de jul. de 2011

Estudantes, esta é a entidade que lhes representa.

AERJ convida à Todos!!!
A AERJ (Associação dos Estudantes Secundaristas dos Estado do Rio de Janeiro) convida o grêmio e alunos interessados a participar da nossa reunião de diretoria ampliada que será realizada no dia 06 de agosto às 9hs no CPII - São Cristovão, tendo como objetivo unir os grêmios e estudantes de diversas escolas (públicas e privadas) para juntos organizarmos a jornada de lutas pelo passe-livre de verdade para TODOS os estudantes, por melhores condições de estrutura em nossas escolas, por mais investimento na educação, para formação de grêmios aonde não têm dentre outros.
VAMOS CONSTRUIR JUNTOS A LUTA PELA EDUCAÇÃO!!!!

Não deixe de participar, sua presença é fundamental!!!

mais informações pelo e-mail

aerjnaluta@gmail.com ou Juliana Alves (Diretora da AERJ) 7961-5839

13 de jul. de 2011

Quant vale um professor?

Desabafo...
Sou professora de História a 5 anos e pertenço a Secretaria estadual de educação do Estado do Rio de Janeiro a quase 3 anos. Leciono para crianças e adolescentes do Ensino fundamental e Médio num colégio na Baixada Fluminense. Meu salário bruto é de 765,00 com os descontos não chega a 700.

Quando entrei no Estado era menor e, a diferença do que ele era pra hoje, se deve a incorporação da gratificação por parte do governo de umas parcelas do Programa Nova Escola, criado na administração anterior. Parcelas estas que só fazem diferença no contra-cheque de profissionais novos na SEEDUC, como eu, mas que nada representa no salário dos professores mais antigos. Digo parcelas porque o governo parcelou uma gratificação de pouco mais de 400 reais em 7 anos. Isso 7 anos!!!!

Aumento ou reajuste salarial eu nunca tive! Até agora o governo não nos propôs nenhum aumento de salário, apenas a incorporação antecipada da parcela do ano que vem.  Estamos em greve. Nossa greve é legítima, justa. Nossos alunos não estão sendo prejudicados com a greve, pois eles são prejudicados todos os dias com a merenda (quando tem) de péssima qualidade, com a falta de material didático, com a falta de infra-estrutura das escolas (as vezes chove mais dentro que fora da sala de aula), com a falta de professores (todos os meses dezenas de professores pedem exoneração do Estado em função do baixo salários e das péssimas condições de trabalho) e com a falta constante de professores em algumas disciplinas como Matemática, Física e Química, entre outros problemas. Se a educação pública estadual ainda está de pé, é porque nós profissionais de educação estamos lá!!!

Você pode pensar, pior impossível. Mas tem coisa pior!!!
Os outros profissionais que atuam nas escolas, como merendeiras, inspetoras, coordenadoras, agente s de secretaria e departamento pessoal recebem, pasmem, menos de 1 salário mínimo. Quando entrei no Estado o que me animou a participar da primeira greve foi quando ouvi que a coordenadora de turmas da minha escola dizer que ganhava menos de 300 reais. Fiquei tão chocada que não encontrei outra alternativa.
Além disso, 22 escolas estaduais estão sendo fechadas este ano. Estas escolas estão em prédios da administração Municipal e, segundo o governo, elas são muito caras. Não se fecha uma escola de um dia para o outro. E o respeito aos profissionais que lá trabalham? E aos alunos? E a comunidade escolar? Está previsto que mais escolas fechem até o fim do governo Cabral.

Queremos o aumento emergencial de 26% (com ele meu salário continuará inferior a R$ 1.000,00), o descongelamento do plano de carreira dos profissionais da educação e a incorporação de toda gratificação do Nova Escola.

Todas as nossas decisões são tomadas em conjunto, se o governo apresentar alguma proposta que julguemos favorável (mesmo que não atenda todas as nossas reivindicações), com certeza a greve acaba. 

Meus colegas estão acampados na porta da SEEDUC desde ontem. Ficamos lá a tarde toda, fizemos nossa assembleia tudo de maneira pacífica. Afinal, somos educadores. Violento é o governo e ele já deu várias provas disso.
Não agredimos o secretário. Apenas protestamos! E a Constituição nos dá este direito.

Professora Bruna Soares dos Santos